Estou preocupado
demais com o futuro da nossa terra. E quando falo nossa terra, estou falando
não somente de nossa terra natal, mas falo literalmente do planeta terra, do
mundo como um todo.
Você deve estar pensando que o teor deste texto é
ecológico. Mas não é. Muito embora, também seja de extrema importância uma
conscientização ecológica, entretanto, quero nestas poucas linhas discorrer
sobre outro tema.
Não é de hoje que temos a ciência plena que a
cultura de maneira geral é causadora de grandes ondas que varrem quase tudo, se
não tudo o que esta a sua frente. E os artistas, sejam eles renomados ou não,
veteranos ou iniciantes, conscientes ou não, eles querendo ou não, são eficazes
agentes de transformação de pensamentos e comportamentos em massa. E Podemos
ver isso ao longo de toda historia mundial.
Quanto maior o
seu reconhecimento pelas mídias e pelo público, maior é o seu poder de
persuasão. Quanto maior o seu poder, mas fácil e mais rápido é o seu acesso
quase que ilimitado, na casa e na vida das pessoas. E é aqui que encontramos o
“X” desta questão.
Não sou contra
mudanças porque entendo que as mudanças fazem parte do nosso processo
evolutivo.
Evolutivo??? O problema é que o nosso processo evolutivo está apressado e ininterruptamente andando a passos de “Moom Walker”. É com essa evolução ou melhor dizendo, é com essa involução que estou preocupado.
Evolutivo??? O problema é que o nosso processo evolutivo está apressado e ininterruptamente andando a passos de “Moom Walker”. É com essa evolução ou melhor dizendo, é com essa involução que estou preocupado.
Nas décadas
anteriores a impressão que se tinha é que os compositores travavam uma guerra
acirrada, em que arma de defesa e ataque era a qualidade de suas obras. Mal se
aprendia uma bela canção e outras duas ainda melhores eram lançadas. Era um
bombardeio de criatividade Inteligente.
Tive o prazer de desfrutar de obras
inesquecíveis... Até o meado ou um pouco antes do meado dos anos 90 começamos a
assistir a derrocada de uma das mais
belas artes, a música. Que infelizmente acabou influenciando outras artes e,
conseqüentemente a isso veio uma enxurrada de baboseiras televisivas,
radiofônicas e acreditem, até da comunicação escrita. Não sei se o motivo deste
caos geral foi por conta do dinheiro ou pela cauterização mental das pessoas
que produzem, patrocinam e também daqueles que consomem.
Hoje são raros
os profissionais que se preocupam com a preservação da boa arte, a quem me
orgulha chamar de HERÓIS, verdadeiros heróis da resistência. Parabéns!
É ainda mais
triste saber que esta desastrosa mentalidade tem conseguido afetar de igual
forma a música evangélica, ou gospel como preferirem, o empobrecimento tem sido
tão acelerado que tenho ficado com os meus poucos cabelos em pé. Nossa música
se tornou ego centrista, Sem sentido, maldizente, “vingativista” e o que é de
fato importante tem ficado esquecido no canto escuro e fétido no porão de nosso
coração.
Deus! Deus? Deus agora não. Ele será lembrado no exato momento em que eu precisar de uma benção “ESPECIAL”. É assim mesmo a fala daqueles que usam Deus como um amuleto de sorte. Estes o desconhece a ponto de dizer que existem bênçãos especiais e não especiais.
Acordemos! Um
simples estalar de dedos de Deus, já é especial.
Voltemos a desempenhar com zelo, ordem e
decência o nosso oficio, pois estamos fabricando o futuro de uma ou duas
décadas à frente. O que vamos apresentar para os nossos filhos e netos? Pense
nisso!
Que bom que eu
vivi a minha infância em uma época de ouro!
Pelos Laços do Calvário,
Wilflen Affonso
Wilflen Affonso