Cristãos. Desculpe-me, mas não é assim que vejo esta multidão de pessoas, adeptas inveteradas da teologia da "divina vingança".
Não entendeu? Vou falar mais diretamente.
Tem gente que sofreu, sofre ou apenas sonhou que sofreu uma decepção e pronto, passa a partir de então a desejar com todas as forças inimagináveis que Deus venha imediatamente montado em um cavalo, com armadura, escudo e espada flamejante, para destruir o seu cruel "inimigo", isso porque ele, o dito cristão, já analisou toda a situação e concluiu que toda a razão e juízo esta do seu lado e, Deus, que é justo, por certo também já chegou ao mesmo veredito.
Para começar o que eles equivocadamente enxergam como inimigo, no meu fraco entendimento, seria se não um irmão, no minimo um próximo. Próximo que como cristão de verdade, deveria ser amado, como o principal do cristianismo, o cabeça da igreja amou e tem amado a todos nós.
Essa multidão esta tão focalizada no seu intento de vingança que a mais ínfima estória de insucesso de seus ditos inimigos, já é motivo para se convocar os seus festejar e espalhar aos quatro ventos a sua suposta vitória. Isso quando ele mesmo não fabrica e fomenta os inverídicos tropeços de seus "opositores".
Sinceramente, queria saber a fundo como Deus nos mede diante de eventos egoisticamente medíocres? Por certo nos olha com seu olhar de misericórdia (Lam 3:22-23), pois somos tão grandemente miseráveis e incapazes de vermos esta mesma miserabilidade impregnada em nós, que sem a Sua intervenção de graça, nós jamais voltaríamos a ter a bondade e a suavidade de vivermos em união com os nossos irmãos (Sl 133.1).
Se atente a esta verdade, existem algumas coisas que costumeiramente fazemos que são inegáveis que nos proporcione melhores e maiores recursos para uma vida cristã mais sadia, mas, que por si só, não nos torna necessariamente cristãos em sua mais pura essência. Por exemplo:
Ir a uma igreja, cantar louvores, ofertar e dizimar, falar das maravilhas do evangelho, da beleza e do sacrifício de Jesus, não matar, não roubar, não ser dado a vícios, fazer caridade, ...
O apóstolo Paulo faz uma declaração valiosíssima (1º Cor 13) que parafraseio aqui: "Se eu tivesse absolutamente tudo do mundo físico e metafísico, sem amor, eu apenas teria, entretanto, jamais seria".
Não é satisfatório ter a aparência de que se é, o admirável é de fato ser.
Se você ainda não se sitou e continua se perguntando como ser uma verdadeiro cristão, vai aí uma dica fortíssima para você deixada pelo Mestre dos mestres:
Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem uns aos outros.
João 13:34
Entendeu?
Para sermos cristãos temos que ser pequenos cristos/miniaturas de cristo.
É mais que necessário sermos como Ele, porque quem não anda como ele andou, não pensa como ele pensou, não obedece como ele obedeceu e não ama como ele amou, não é digno de professar ser cristão.
Tomando emprestadas as palavras de um cantor secular, Renato Russo, que por sua vez as tomou emprestadas do dito de Jesus no versículo acima: " É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã"...
E não é amar quem nos ama ou simplesmente amar com "qualquer amor", Jesus aprofunda deixando ainda mais interessante esse mandamento, tem que amar a todos independentemente de quem seja ou do que fez; e para fechar de forma estupenda esta lição, Ele diz, para que não fique duvidas, qual a qualidade e a intensidade deste amor que devemos dispensar aos outros, que é: amar com o mesmo amor que Ele, Cristo, nos amou.
Este amor é desmedido, não ambicioso e totalmente real.
Vale lembrar que amar também sugere aplicar com eficacia e no necessitado momento as devidas correções.
Já terminando, sabemos bem que não somos perfeitos, mas não nos esqueçamos de que fomos chamados à perfeição (Gn 17:1) e esta perfeição se apresenta em nós através do amor.
É muito importante saber que não amamos por que somos cristãos, mas somos cristãos porque amamos.
Quando amamos com amor verdadeiro já não somos mais apenas a imagem de Deus, mas voltamos a ter e a ser também a semelhança de Deus.
Pelos Laços do Calvário,
Wilflen Affonso
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