sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Natal: Festa cristã ou festa pagã

O natal está chegando trazendo consigo as mesmas intermináveis dúvidas e polêmicas de sempre.

O que é o natal?

Por que ele existe?

É de fato o natal o aniversário de Jesus? Ou é uma festa pagã?

Se esta é pagã, por que também é uma data de festa para os cristãos?

Pus-me a escrever essas poucas linhas, pois um amigo me indagou a respeito de poder ou não poder celebrar o natal.

A princípio eu não iria me manifestar a esse respeito, entretanto, hoje, dia 16 de dezembro de 2016, acordei incomodado com uma frase minha, que nunca falei para ninguém, mas sempre uso para ministrar a mim mesmo:

“Se há uma luz, esta jamais deverá estar apagada na escuridão”. W. A

Para começar quero afirmar que o povo cristão não deve de maneira nenhuma celebrar o dia de natal;

Não devemos em hipótese nenhuma nos entregarmos ao antropocentrismo do mundo;

Não devemos está inseridos nem um pouco no culto pagão que se faz nesse dia;

Todavia, comemoremos, celebremos O Natal de Cristo, aquele quem dá o real sentido a esse magno evento!

Mas por favor, não sejam simplórios, ao ponto de não entender que quando digo: “Um Cristão deve sim, comemorar O Natal”.

Estou dizendo, na verdade, que um Cristão tem o dever de cultuar com imensa alegria o verdadeiro Natal, o nascimento do Salvador Jesus Cristo.

Como cristãos temos a prazerosa missão de festejar o Senhor, o Deus supremo do dia de Natal e de todos os demais dias do ano, como: carnaval, dia dos mortos, dia dos namorados, e por aí vai.

Mas uma vez apelo ao seu mais fino entendimento, pois eu não disse "o senhor do “natal”", "senhor do carnaval", ou "senhor dos mortos". Muito embora, Ele seja o Senhor sobre tudo e todos, O meu intuito é deixar clarificado que o meu Deus, O Santo e Eterno, é o Senhor soberano de todos os dias que existem.

E, se Ele é em todo o tempo, Ele deve ser adorado, exaltado e cultuado em todo o tempo por aqueles que são seus.

Se os povos que servem a outros deuses escolheram uma data para adorar os seus ídolos, isto é um exclusivo problema deles e não me impede de maneira nenhuma de adorar com toda força, amor e compreensão ao meu Deus. O verdadeiro Deus.

Tenho que ter o extremo cuidado de ofertar a minha adoração santa e o meu culto com entendimento. Assim como nos recomenda o apostolo Paulo, em Romanos 12, um verdadeiro culto racional, onde o sacrifício sou eu.

O natal celebrado objetivando a febre consumista, os desejos próprios e até deuses diversos, não é o natal que efetivamente eu celebro.

O meu Natal tem como personagem central o meu Senhor e Salvador, o Criador do universo.

Dizer que esse "natal" que se comemora em quase todo o mundo é o aniversário do meu Senhor, é no mínimo, o maior absurdo que já se falou.

Os ritos para comemorar o “niver” do meu Mestre, são bem diferentes: são essencialmente puros, graciosamente verdadeiros e soberanamente perfeitos.

O proclamado dia de seu nascimento, também é um desacerto.

Jesus não nasceu no dia 25 e nem mesmo no mês de dezembro.

A bíblia não relata sua data de nascimento.

O que podemos fazer é presumir que ele tenha nascido em algum dia no mês de fevereiro, março, setembro ou outubro.

Digo outra vez, não temos uma data do nascimento do Cristo encarnado, porém todos os dias Ele nasce através do Espírito Santo, nos corações arrependidos daqueles que entendem ser Jesus, O filho de Deus.

Por isso, devemos cultuá-Lo todos os dias e em todas as horas.

Embora, seja muito importante celebrar o nascimento de Jesus, é muito importante também celebrar a sua ressurreição.

Relembrar a sua vida, morte e ressurreição é deverás importante que o próprio Cristo nos recomenda a isto.

"....Fazei isto em memória de mim..." Lucas 22:19.

O natal só é uma festa pagã para quem não celebra com verdade ao Reis dos reis.

Desculpe-me, mas isso eu preciso enfatizar:

O natal só é uma festa pagã para quem não celebra com verdade ao Reis dos reis.

Celebrem à vontade o nascimento do Salvador, pois fazendo isto estarão cumprindo o "Em memória de mim".

Celebrem sim, o nascimento do Messias, pois até mesmo os anjos o celebraram. Lucas 2:13, 14.

Celebrem e não cessem em nenhum momento, porque Ele é Digno!

Celebrem, porque o nosso Deus é infinitamente maior que qualquer falso deus pagão!

Celebrem ao Deus do Sol, não ao invictus solis, o deus sol, mas ao verdadeiro e único Sol, porque Ele é O Sol da Justiça!

Celebrem, celebrem!

Exultem, exultem!

Dancem, cantem, pulem, toquem todos os instrumentos, pois Dele, por Ele e para Ele é honra, majestade e poder!

Dai-lhe glórias para todo o sempre!

Por quê?

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o seu nome é maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.” Isaía 9:6

Tenham uma feliz festa em comemoração ao Yeshua Hamashia!

Ou seja, Um Feliz Natal!

Pelos Laços do Calvário,
Pr. Wilflen Affonso

sábado, 29 de outubro de 2016

Deus, me ensina mais

Hoje acordei de forma súbita, pois a minha parente que mora próximo a minha casa estava batendo a porta. Levantei um pouquinho chateado,  porque hoje é sábado,  dia levantar um pouco mais tarde.

A chateação foi pequena, tão ínfima que logo passou sem que eu percebesse.

Mais tarde, recebi a mensagem de um amigo me desejando um bom dia, e aí, eu pensei: "Que bom que ele está vivo". "Que bom que ele está bem".

De imediato comecei a escrever para ele, dizendo da importância de ele agradecer a Deus por mais um dia em que ele fora presenteado com o fôlego de vida...

Antes mesmo de chegar a metade do que eu estava escrevendo, percebi que aquelas palavras deveriam ser ditas primeiro para mim.

DEUS estava despertando, impulsionando e me usando primeiramente para mim, para eu agradece - lo e louva - lo por tudo o que Ele me tem feito,  para somente depois eu ser instrumento para outros.

A lição que tiro dessa experiência de vida que parece tão boba e insignificante, é que são as pequeninas coisas que nos fazem esquecer de DEUS e nos levam para longe da presença de Deus.

Uma pequena chateação me tirou  a consciência de agradecer a DEUS por minha vida, pela vida minha família,  pela vida de minha parente e dos demais parentes,  de meus amigos e, até mesmo pela vida dos meus inimigos;

Não agradeci pela noite, pelo sono, pelo amanhecer,  pela saúde, pelo alimento, pelo...

Bem, agora, nesse momento que escrevo esse texto, já fiz a minha devocional e já agradeci ao meu Deus.

Compartilho essa minha vivência com você,  com o intuito de que você não deixe que as pequenas coisas te distraiam ao ponto de fazer de você,  mesmo por um breve momento,  um ingrato perante ao nosso Bondoso DEUS, assim, como por instante eu fui.

Quando baterem a sua porta, seja por qual motivo for, agradeça ao Eterno pelo simples fato de poder atender a porta, pois se existe porta, existe um casa. Se alguém te procura é porque você é querido. Se pode abrir a porta é porque está vivo.

 #DeusMeEnsinaMais

Pelos Laços do Calvário,
Pr. Wilflen Affonso

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Deus é Deus?

Queria que você pensasse comigo a respeito de uma verdade que pronunciamos todos os dias.

Até aqueles que não professam a nossa fé, os que nunca entraram em uma igreja e que não estão nem aí para religião alguma, todos já declararam e vão continuar a declarar que Deus é Deus.

Glorias eternamente! Deus é Deus!

É sobre essa verdade que vamos discorrer.

É fato. Essa  é uma verdade absoluta!

Mas a minha indagação é: o quanto dessa verdade nós temos em nossas vida?

Qual o percentual desse Deus atuando em nós?


É certo que independente de qualquer coisa,  Ele é o Deus todo poderoso. 

A Bíblia nos recomenda a entregar o nosso caminho a Ele. Sl 37:5

Mas as nossas errôneas intuições de que podemos resolver nossos problemas sozinhos,  nos impedem de entregar o nosso caminho na sua integralidade. Entregamos parte e já achamos que entregamos tudo. Aí quando a vida começa a descarrilar, culpamos a Deus por tal mal.

Se tivermos um pouquinho de bom senso,  vamos analisar e concluir que a parte que não está indo tão bem,  é exatamente aquela que decidimos não abrir mão. 

 Ele só fará em nós e  por nós, se dermos permissão.

Precisamos entregar absolutamente tudo que é intrínseco de nossa vida a Ele; e, não é entregar hoje e tomar de volta amanhã ou depois. É entregar e descansar Nele. Deixemos que Ele conduza,  governe todas as áreas de nossa vida.

Entregando tudo a Ele, Ele será Deus em tudo em nós. Corra o risco.

Pelos Laços do Calvário, 
Wilflen Affonso

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Quais são as suas marcas?

Bom, eu já devo ter narrado essa história algumas dezenas de vezes.

Quem me conhece um pouquinho mais a fundo, sabe que nunca fui e não sou guiado pelas tendências da moda. Sempre enchi a boca para falar: "A minha moda, sou eu quem faço.”

Mas, me lembro com clareza de um momento de minha vida, quando ainda era um adolescente, já trabalha e ganhava o meu dinheirinho todo mês e, estava muito empolgado com a possibilidade de poder comprar um tênis novo; Fui até uma loja, olhei para os itens da vitrine com olhos bem arregalados, com a boca que teimava em ficar entre-aberta e com um fio de baba escorrendo pelo cantinho.

Depois de ver em um tempo recorde (pois a minha ansiedade era tamanha), todos os tênis expostos na vitrine, decidi comprar o tênis que julguei naquele momento ser o mais bonito. E por ser, na minha opinião, o mais bonito, pensei que certamente era também o mais confortável, durável e, ainda tinha o fator preponderante: era um tênis IM-POR-TA-DO.

Pronto, estava feita a minha escolha! Comprei o tênis sem me preocupar com o preço, diga-se de passagem, aquele tênis era bem mais caro que os outros da vitrine, e eu mal podia esperar a hora de calçá-lo e desfilar com ele.

Os meus amigos quando viram o tênis no meu pé, logo perceberam que era novo e logo comentaram a marca e, me deixaram um pouco chateado ao batizarem o meu tênis (batizar, era pisar sobre o calçado novo da outra pessoa). Porém, eu envaidecido estava e mais envaidecido fiquei.

Mas, a minha alegria durou pouco demais, em menos de três ou quatro meses o meu tênis caro e importado valia bem menos que um chinelinho de dedo qualquer.

Em resumo, escolhi a marca errada!




                                       Como pequeno Cristo, temos que ter a intangível, porém visível marca de Cristo.

Esse pequeno introito me serviu de ponte para chegar ao assunto que desejo abordar. Marcas.
Na minha leiga opinião, penso que marca é tudo aquilo que consciente ou inconscientemente assume um lugar de grande expressividade em nossa mente, influenciando e denunciando, positiva ou negativamente os nossos estilos.

Existe uma diversidade de marcas, elas podem e quase sempre são representadas por elementos visuais naturalmente percebíveis e identificáveis nos ambientes por onde passamos. Elas geralmente, vêm despertando em nós a consciência falsa ou não da prioridade de se adquirir tal produto, através das bem elaboradas técnicas de persuasão.


Os grandes empresários lançam mão de todas as ferramentas possíveis para que suas marcas se tornem uma marca memorável, e isso é totalmente compreensivo, pois quanto maior e mais forte for uma marca, maior e mais forte será a captação de riquezas por seus produtos e, maior também será a longevidade de sua empresa.


Nos tempos atuais, muitas instituições religiosas modernas enveredaram também por esse caminho, adquiriu também está mentalidade da alta competitividade e tenta imprimir no "mercado" as suas marcas.


Ser gospel se tornou viral e também por esta razão, vemos cada vez mais templos entupidos de pessoas buscando de forma desesperadora o enriquecimento instantâneo, a cura de uma doença grave ou de uma doença não tão grave assim.


Buscam prosperidade a todo custo e acreditem se quiser até mesmo "fechamento de corpo", fora alguns outros absurdos mais. 


Não estou dizendo que Deus não deva conceder certas sortes de benefícios, mas, o que na verdade estou afirmando é que Deus anseia que vivamos o evangelho de Cristo que vai muito, muito mais além das benesses que somente Ele pode nos trazer.


É obvio que devemos considerar a época atual em que somos bombardeados com uma tempestade de doenças e, se Deus tem poder para curar, como sabemos que tem, não custa nada pedir. Consideremos também o sistema financeiro em vigor e as necessidades existentes para a nossa manutenção e também para a manutenção dos templos. 


Porém, o fato é que estamos nos distanciando tanto da essência que quando pensamos em igreja na atualidade, logo vem a nossa mente uma construção de alvenaria, com bancos acolchoados, um púlpito, um altar também de alvenaria (que muitos enxergam como se fosse o altar de Deus), e no auditório, muita gente reunida. Logo em seguida pensamos no apelido/codinome/rótulo daquela sociedade religiosa que habitualmente, chamamos de igreja.


Estamos sendo conduzidos à consciência de que isso é que é igreja. Quando na verdade não é.


Quem nunca foi perquirido por pessoas que logo após tomarem ciência de que você também é evangélico, fazem a seguinte pergunta: De que Igreja você é?


Quando era para estas pessoas terem absoluta certeza de que você, juntamente com eles e outros é que formamos a igreja, a igreja de Cristo.


A pergunta correta a se fazer seria: Onde você congrega? Ou onde você se reúne para adorar a Deus? E até, Qual é a sua denominação?


Muitas vezes, de forma descontraída, respondi a está pergunta assim: "Sou da Igreja de Cristo aqui na terra" Quando havia insistência, sem ser grosseiro eu completava dizendo: "Congrego no Ministério Tal", justamente para eu ter a oportunidade de esclarecer para essa pessoa o que é igreja. Para ser bem sincero, eu faço isso até hoje.


Que fique bem claro que não sou de forma nenhuma contra a diversidade de portas abertas, onde multidões de pessoas têm encontrado a Cristo, pois o nosso salvador já falou a muito tempo atrás que "importa que o evangelho seja pregado". Então, glória à Deus pela variedade de denominações que pregam o evangelho!


Esse é o ponto. Que de fato e de verdade o evangelho seja pregado. 


O que faço aqui é chamar a nossa atenção para não esquecermos à que fomos chamados. 


Voltemos o mais rápido possível a priorizar a santa palavra que é a genuína verdade; que voltemos a nos empenhar a  buscar com intensidade pelo Conhecimento de Cristo, pelo revestimento de poder do Espírito de Deus e, a amplitude em nós do mais nobre dos frutos que é o amor.


Tenhamos em mente que igreja não se traduz nas suntuosas construções em que o povo se reúne para celebrar a Deus, isto é lugar de oração, de comunhão, casa de oração. Igreja aos olhos do Pai sou eu e você coesos em um só pensamento, fundidos um ao outro em amor, no amor de Cristo.


Nós individualmente somos templos reais feitos pelo próprio Deus, onde o Espírito Santo habita, e a nossa união é o que Deus instituiu igreja.

Agora sem nenhum resquício de dúvidas sobre o que é igreja, faço uma pergunta:


Quem consegue nos dias atuais pensar numa igreja apenas cristocêntrica, divinamente intuitiva como a igreja primitiva que vivia os frutos da inspiração imaculada do Espírito Santo?


Muito embora, haja ainda fortes traços remanescentes do verdadeiro evangelho de Cristo em inúmeras denominações, em umas mais e em outras menos, vamos assistindo impotentes (impotentes porque simplesmente nos fazemos assim e não porque realmente somos), a extinção da genuinidade do que Cristo nos deixou.


A igreja atual  se tornou fragmentada e complicada. Cada um lustra, protege e promove o seu apelido, a sua placa; há uma "guerra" acirrada de rótulos denominacionais que nos leva a concluir que o crescimento consistente da igreja (que somos nós) está seriamente comprometido.


Na igreja que conhecemos hoje os lideres enchem a boca para dizer: "a minha igreja". Essa versão moderna da "igreja de Cristo" tem vários donos, porém, a verdadeira e eterna Igreja de Cristo, só tem um dono, e o Seu nome é Jesus, O cristo.

  A bíblia é clara em dizer que um reino dividido não subsiste, mas a impressão que se tem é que essa parte foi sumariamente arrancada das santas escrituras.


Volto a dizer que devemos considerar a época atual e o sistema financeiro em vigor, mas não podemos em hipótese nenhuma nos tornar escravos cegos de algumas tendências que vem sendo praticadas por aí. Deus pode sim, nos conceder, fazer por nós tudo que pedimos e muito mais, mas tem coisas que Ele ainda não fez e não vai fazer, Por quê? Porque Ele sabe exatamente do que precisamos para cada momento de nossa vida.

Hoje, pensando no fato que me ocorrera anos atrás (aquele da compra do tênis que narrei no inicio desse artigo) e comparando com a nossa vida espiritual, vejo que estamos deslumbrados, hipnotizados com as ofertas que vemos nas “santas vitrines”. Estamos criando relacionamentos com Deus e com os nossos irmãos, balizados nas aparências, imprimindo em nós uma marca utópica de um evangelho pobre, estamos pagando valores estratosféricos por marcas que nos proporcionam efêmeras satisfações.
É necessário nos atentar para o fato de que somos igreja e, como igreja temos uma causa da mais nobre a ser realizada, levar a libertação e vida aos cativos. O maior livro de todos os tempos nos afirma que, o ladrão veio para matar, roubar e destruir, mas Jesus Cristo veio para dar vida abundante.
É primordial que nos conheçamos como Cristãos = Pequenos Cristos. Nos enxergando assim, entenderemos com a certeza devida de que só estamos aqui por um propósito: sermos canais de vida para os nossos semelhantes e irmãos, resgatando os perdidos das mãos do diabo pelo poder de Deus operante em nós.
A nossa marca, identifica para os outros quem somos e de quem somos, indica o que fazemos, qual a nossa credibilidade e que importância realmente temos.
Como pequenos Cristos, temos que ter a intangível, porém visível marca de cristo que se revela, entre muitas coisas, Conhece-lo, ter santidade a Deus e amor pelo próximo, mesmo que esse próximo seja o menos merecedor de nosso amor, o mais desfavorecido e desprezível entre os homens. Até porque, essa é a condição que cada um de nós se encontra diante de Deus e mesmo assim Ele nos ama incondicionalmente.
Jamais se esqueça que somos um Outdoor ambulante, por isso, escolha a sua marca.  
Escolha agora como as pessoas vão te qualificar pela marca que você carrega impressa no seu falar, no seu modo de andar e principalmente no seu proceder. E tomara que essa marca escolhida não seja um rótulo denominacional ou qualquer outra coisa terrena...
Escolha de uma vez por todas a marca de Cristo!

Pelos Laços do Calvário,
Wilflen Affonso

sábado, 23 de abril de 2016

Na onda do consumismo

Quem ainda não percebeu que em nossa vida, seja em que área for, estamos sempre sentindo falta de uma ou mais de uma coisinha?

Está constatação evidencia a triste verdade de que o ser humano passa por todos os momentos de sua curta vida, parcial ou inteiramente insatisfeito com o que tem e, às vezes com quem é.

Compramos, compramos, ganhamos e ganhamos... Mas numa verdadeira e funesta odisseia, nos embreamos na busca da inalcançável satisfação, através do cíclico caminho dos desejos. Por mais que conquistemos continuamos insatisfeitos.

Uns insatisfeitos por não terem um emprego e outros por terem, por não terem viajado e outros por terem viajado, por não terem uma resposta e outros por terem a resposta, mas não a resposta que queriam, por não terem dinheiro e outros por terem dinheiro e não terem a liberdade de quem não tem dinheiro, uns insatisfeitos por não terem mais alguns de seus entes-queridos e outros por terem e, outros porque queriam nunca tê-los tido em suas vidas, por não estarem só e outros por estarem sós, outros que estão na solidão por vontade própria, mas têm essa vontade porque estão insatisfeitos por outra causa,... 

A verdade é que não dá para enumerar todas as insatisfações do ser humano, simplesmente porque nós somos naturalmente excelentes na arte de nos sentirmos insatisfeitos.

Temos uma insaciável vontade de SER e de TER, e na pesagem dos dois, o TER ganha em disparada do SER. 

Por quê? Porque anulamos a razão e deixamos a nossa mente ser escravizada a tal ponto por nosso desejo, que deduzimos errônea e automaticamente que para sermos, precisamos ter, quando na verdade, o correto é ao contrario.

É um ciclo vicioso. Toda vez que experimentamos uma conquista, de imediato, identificamos outra “necessidade” que a senhora de nós, a nossa mente, já nos convenceu de que o desejo, ora realizado, só estará completo de fato, se, e quando, esse novo almejo for concretizado.

Não há duvidas, estamos numa zona conflituosa guerreando ferreamente com o nosso eu.

Nesse estágio passamos a ver simples vontades como necessidades básicas para a nossa sobrevivência. 

Chegamos ao ponto de desejarmos coisas que a nossa atual condição não nos permite ter, mas queremos ter, pois só assim “seremos”.

A insatisfação extremada cultivada por muito tempo, nos tira o ânimo de lutar e de reagir. 

Já ouviu alguém dizer aquela corriqueira expressão: “Estou desanimado (a) com a vida”?

Pois é, muitos usam essa expressão porque estão realmente desanimados, mas é um desânimo temporal. E, isso é compreensivamente normal.

Mas outras pessoas falam desse modo, porque já se encontram submersos na lama do fundo do poço das insatisfações.

Enquanto formos dominados pelos insaciáveis quereres, enquanto os nossos quereres forem reflexos dos desejos desenfreados do nosso eu, nunca haverá plenitude, no que tange a satisfação humana.

A insatisfação tem muitas vezes nos roubado o agora e também um pouquinho do nosso depois e, se não mergulharmos rapidamente na razão para dar equilíbrio ao nosso mundo, vamos com o passar do tempo, ter o nosso passado, presente e futuro, roubados pelas nossas insatisfações.

Bem, o tema escolhido é consumismo e até agora não foi falado nada a esse respeito, certo?

Errado! Falamos do estopim do consumismo. 

Estamos consumistas em demasia porque não esta havendo equilíbrio nos nossos departamentos internos. (Razão, vontade e desejo).

O que traz o equilíbrio entre o SER e o TER é outro setor que temos dentro de nós, a razão.

O fato é que, é a razão o fiel da balança entre as nossas vontades e os nossos desejos, é ela quem estabelece a ordem para os nossos desequilíbrios.

A razão é tão indispensável que o apostolo Paulo nos alerta em Romanos 12, que o nosso culto apresentado a Deus, seja um culto banhado no Racional, quer dizer, um culto balizado na razão.

É a razão que sinaliza para a vontade e para o desejo o que é viável ou não.

Quando esse equilíbrio é encontrado, podemos afirmar que o homem, enfim, iniciou o caminho do conhecimento de si mesmo e prosseguindo nesse caminho, se conhecerá tão profundamente que concluirá que nunca precisou de nenhum bem material para se sentir satisfeito; chegará ao entendimento de que o único bem necessário para a sua satisfação é um bom, intenso e saudável relacionamento com o seu “eu” interior, com o seu próximo e, primeiro e principalmente com Deus.

Atraia a satisfação.

Se conheça e se aceite, conheça o seu próximo e o ajude, conheça a Deus e prossiga em conhecê-lo e o sirva, e só assim, na sua vida, você vai transformar em mentira, a incontestável verdade de que o ser humano passa por quase toda a sua vida, insatisfeito.


Pelos Laços do Calvário,
Wilflen Affonso